Quem é e o que pensa: statement

Artista multimídia pernambucano, Justino vive em São Paulo e Minas Gerais (Brasil). Iniciou sua formação em 2016 com a artista visual e arquiteta Marli Araújo. Até a crise do Covid-19, estudou por quatro anos com o pintor realista Paulo Frade. Faz atualmente orientação com a artista plástica Mara Martins. Participou de oficinas na The Art Students League of  New York (onde fez oficinas com Max Ginsburg), com Alice Matuck e Apolo Torres. Faz o curso de arte e cultura brasileira dos anos 1950, 60 e 70 no Instituto Tomie Ohtake. Já realizou mais de cem obras.

“Grandes artistas como David Hockney , Vik Muniz, Cindy Sherman e Ai Weiwei nos mostram todos os dias que a grande criação contemporânea não estabelece limites na hora de escolher mídias ou temas. Tem sido assim desde que os Impressionistas abriram as comportas. Eles foram um dilúvio que redesenhou a terra da arte.

Muitas vezes eu trabalho com o que está à mão. Às vezes, um humilde pedaço de papelão, vindo de uma caixa descartada, tem tanta força quanto uma tela. As ruas da metrópole brasileira, com sua mistura de abundância e carência, desejos e dejetos, me inspira. Hoje, em se tratando de arte, entre a ruptura e a continuidade, creio que é preciso ficar com as duas.”

“Me atraem tanto Jackson Pollock quanto Dominique Ingres. Gosto de Francis Bacon, tanto quanto gosto de Rembrandt. Essas coisas mudam, mas acho que até agora Picasso e Warhol são a minha principal referência, junto com o Ai Weiwei e o David Hockney. Uma certa postura diante da arte, suas possibilidades e deveres… A arte e os artistas tem um papel a cumprir. Por isso tenho feito a série #OVírusSomosNós. Nada é tão urgente quanto este momento assombroso que vivemos.

Joseph Beuys, Jeff Koons, Marina Abramovic, JW Turner, Toulouse-Lautrec, Cézanne, o grande Édouard Manet, seu quase xará, Monet… Mary Cassat, Beatriz Milhazes, Adriana Varejão, Cindy Sherman, Iberê Camargo, Lucian Freud, VÉIO…

É uma continuidade, um avanço por caminhos acidentados, né? Cada um vai passando o bastão pro outro. Como dizia Isaac Newton, é preciso ir-se apoiando nos ombros dos gigantes que passaram.”

“A única coisa que não pode ter, é censura. Como os nazistas e outros autoritários do século XX nos ensinaram da pior forma possível, a censura começa afetando a arte e os artistas e termina afetando toda a sociedade. No final, resta apenas uma pilha de cadáveres.

A censura também é a moradia dos medíocres, que não conseguem criar e ficam ressentidos, vingativos. Quem define o que é bom e o que não é bom? Não existe juiz para isso. Se não gosta, não olha, não compra, ué. Vai rezar pela alma daquele artista perdido…”

“Às vezes eu acho que o Retrato é o ponto alto da arte, da busca por uma verdade humana. Um rosto e sua expressão podem conter todo o mundo.”


Contato: 55 11 9 5551 2444 e justino_pereira@uol.com.br

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